Redação: Camila Freitag / Jornalista
Invista Comunicação
Ninguém duvida que o capitalismo digital tenha chegado para ficar. Trata-se de uma espécie de revolução, tão profunda quanto à industrialização. Indivíduos são movidos por suas necessidades e, com o fácil acesso à tecnologia são capazes de satisfazer-se de maneira rápida e até mesmo, solúvel.
Você já parou para pensar que, todos os dias carregamos pequenos computadores em nossos bolsos? São esses aparelhos celulares que nos aproximam de uma realidade paralela, onde o consumo está à apenas um clique de distância. Caracterizando experiências rápidas, mas que podem ser profundas se, realizadas no momento certo.
Liquidez
O sociólogo polonês, Zygmunt Bauman definiu como “modernidade líquida” a fluidez nas relações em nosso mundo contemporâneo. A partir deste conceito apresentado por Bauman, é possível caracterizar um “Sujeito Líquido” como indivíduo que está inserido em uma sociedade com relações dinâmicas e que, por isso, está sujeito à sofrer com inúmeras mudanças e transformações repentinas, podendo desenvolver padrões de identidade conflitantes e distintas.
Atualmente, esse sujeito líquido, está inserido em uma sociedade tecnológica que apresenta evoluções constantes diariamente. Diferentemente do que aconteceu com o pós guerra (Guerra Fria) em que as pessoas procuravam por segurança e estabilidade tanto em suas vidas quanto em suas carreiras.
Era digital
É desse ponto em diante que a sociedade parte para uma nova era que revoluciona sentimentos, pessoas e formas de comportamento. Com a era digital, as relações tangíveis passam a ter a tecnologia como elo para a construção de sentimentos, experiências e sensações.
Tudo acontece de forma muito rápida e efêmera. Relações interpessoais, contatos profissionais (networking) e até mesmo novas amizades e romances passam a desenvolver-se a partir de conexões em rede. Todos estão conectados e são reais em um mundo que, aparentemente, se movimenta por ideias e ideais.
9 dicas para a sua empresa ter um presença eficaz nas redes sociais.
Será que daqui há 5 anos, o facebook ainda existirá
Economia Colaborativa
É nesta era que, uma geração crente em uma sociedade de consumo colaborativo desenvolve-se a partir do princípio genuíno de “economia colaborativa”, em que pessoas compartilham carros e residências. Cedem a sua casa para viajantes em troca de uma faxina, por exemplo, reaproveitam objetos que não são mais utilizados. Relacionam-se e confiam em pessoas desconhecidas. Tudo isso, feito de forma online. Por meio de conexões que movimentam pessoas em prol de uma característica ou causa em comum.
Nichos de mercado
Mas é a partir deste ponto que, nichos de mercado começam a surgir. Na era digital, empresas consolidadas desapareceram ou simplesmente, perderam a força, surgiram as sturt-ups, e, cresceu o atendimento personalizado. Pessoas desconhecidas tornaram-se celebridades, as filas diminuíram e as marcas passaram a fazer parte da vida das pessoas, afinal de contas, as pessoas mudaram e, novas formas empreendedoras surgiram para atender novas demandas.
Exemplo disso, é a californiana Uber que, possui mais de cem milhões de usuários. A Uber é a maior empresa de transportes do mundo, sem precisar ter um único carro em sua frota.
Se você estiver com fome, basta pegar o celular e pedir algo pelo Ifood e, se precisar de locação tem o Airbnb! Tudo fácil, rápido e prático, proporcionando experiências únicas.
É neste meio fluido, entre tantas experiências instantâneas que se desenvolvem estratégias e ações de marketing que levam as pessoas a viver pequenas experiências de consumo de conteúdo que farão com que passem por uma espécie de funil até que, enfim, cheguem ao objetivo final: o momento da compra.
Isso acontece, por que, aos poucos, as relações entre mundo online e mundo off-line, foram deixando de existir e tudo, passou a estar interligado em uma única identidade.
Você sabe qual é o futuro das mídias digitais?
Pós digital
Conforme estudo da Accenture Technology Vision 2019, publicado em fevereiro de 2019, denominado “A era digital está em cima de nós”, todas essas transformações digitais concedem às empresas capacidades excepcionais, além de criar expectativas crescentes nos consumidores.
As empresas já investem em tecnologia digital, a fim de estabelecer-se como líderes em um determinado segmento de mercado. A partir daí, buscam diferenciar-se e, para isso, precisam estar atentas às tendências do futuro “pós digital”.
A pesquisa ouviu mais de 6.600 executivos de negócios e TI. Deste total de entrevistados, 94% disseram que o ritmo da inovação tecnológica foi acelerado de forma significativa nos últimos três anos. Todas essas mudança convergem para um momento: um ponto de virada em que, o jogo digital acabará por se igualar e daí, em diante, as empresas terão que buscar a próxima vantagem competitiva.
Expectativas
Ao longo dos anos, as empresas venderam serviços customizados de forma massiva e, dessa forma, acabaram por criar uma falsa ilusão de que são capazes de atender a qualquer necessidade de consumo, seja ela pessoal, ou personalizada. O que, fez, com que o consumidor criasse expectativas muito maiores.
O estudo da Accenture Technology aponta que, a era pós digital “será caracterizada por uma pressão massiva à medida que os clientes, funcionários e a sociedade divulguem suas demandas. Mas também proporcionará enormes oportunidades para as empresas que podem oferecer a experiência apropriada no momento certo”.
Desafios
Para atingir às todas expectativas de consumo, as empresas terão que adaptar-se a um conjunto de tecnologias composto por: Tecnologia de Contabilidade Distribuída (DLT), Inteligência Artificial (AI), Realidade estendida (XR) e Computação quântica. Conforme a Accenture, à medida que essas tecnologias convergem e atingem maturidade, elas são capazes de criar experiências inteligentes e muito personalizadas. Dessa forma, será possível gerar engajamento e criar identidades tecnológicas de consumo baseadas em trajetórias que configuram as experiências digitais de cada indivíduo.
Além disso, o estudo aponta, ainda que as empresas terão que mudar a sua forma de trabalho e as próprias relações de trabalho. Diante à evolução tecnológica, também estarão sujeitas à exposição e, consequentemente expostas aos riscos, e, por isso, o ritmo de evolução no que diz respeito à segurança de suas informações também precisará acompanhar este ritmo.
Você gostou deste conteúdo? Então aproveite e conheça a Invista Comunicação!