Lembra do finado Orkut? A rede social existiu entre 2004 e 2014 e era a queridinha dos brasileiros mas, acabou perdendo espaço para o Facebook. Ela foi interrompida pelo Google, dez anos após a sua criação.
O Facebook, lançado também em 2004, viu ao longo de sua história diversas mudanças, acarretadas pelos avanços da tecnologia. Mas será que, diferentemente do Orkut, ele tem um longo e promissor futuro pela frente?
É impossível prever o que irá acontecer, entretanto, é interessante que se fique por dentro de alguns aspectos atuais sobre a rede, que podem dar algumas pistas sobre o seu futuro sucesso ou fracasso.
Perda de usuários jovens
De acordo com a consultoria americana eMarketer, a rede vem perdendo usuários mais jovens num ritmo mais acelerado do que se esperava anteriormente. A quantidade de novos usuários a cada mês ainda é positiva, entretanto, são os usuários mais velhos os responsáveis pelo acréscimo. Somente em 2018, o Facebook irá perder 2 milhões de usuários com até 24 anos. Usuários entre 12 e 17 anos terão um declínio de 5,6% e, entre 18 e 24 anos, de 5,8%. A redução nessas faixas etárias é algo inédito nas pesquisas da consultoria.
Transformações no feed de notícias
No início de 2018, a rede social apresentou uma alteração em seu algoritmo, passando a priorizar notícias locais e regionais provocando, assim, um maior contato entre familiares e amigos. Isso, de certo modo, faz com que a rede volte à sua essência. O Facebook se tornou ao longo do tempo um ambiente perfeito para a reprodução de notícias falsas, as chamadas fake news e, a mudança, é uma das tentativas da empresa de mudar essa realidade. Além disso, essa novidade também faz com que posts de empresas e marcas sejam menos visualizados.
Problemas com privacidade
Em março de 2018, a rede social viu as suas ações despencarem 6,8% após o problema de privacidade dos usuários ser exposto. Um ex-empregado da consultoria britânica Cambridge Analytica disse que a empresa reuniu os dados de 87 milhões de usuários, por meio de suas preferências de curtidas e testes, e os utilizou para influenciá-los em campanhas políticas, com propagandas voltadas de acordo com as suas preferências. O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, acabou por pedir desculpas e admitiu o erro. Já a Cambridge Analytica encerrou as suas atividades após o escândalo.
Limpeza do histórico e navegação
Na Facebook F8 2018, evento para desenvolvedores que ocorreu no final de abril e mostrou novidades sobre a rede, a limpeza dos histórico da conta foi uma das inovações apresentadas com relação a proteção dos usuários. A ferramenta será semelhante a utilizada para o histórico de navegadores da web, que fazem com que as preferências da pessoa sejam deletadas. A nova opção deve ser lançada em breve.
Perfil de paquera
Ainda no evento F8, outra novidade apresentada parece querer competir com os inúmeros aplicativos de namoro existentes atualmente. Os usuários poderão criar um perfil específico para a paquera, do qual os seus amigos não terão acesso. Segundo Mark Zuckerberg, o recurso será opcional e foi pensado para ser seguro e privado. A intenção é que, com ele, as pessoas consigam se conectar e formar relacionamentos mais espontâneos e duradouros e, não apenas encontros casuais. O recurso deve estar disponível ainda esse ano.
O fato é que tudo muda. O que um dia foi tendência deixa de ser novidade e, certamente, só quem inova e se adequa aos novos tempos e necessidades consegue sobreviver, melhor ainda, se manter com sucesso. Segundo a empresa alemã Statista, em abril de 2018 o Facebook era a rede social com o maior número de usuários ativos, com 2,2 bilhões. Em segundo lugar vinha o YouTube, com 1,5 bilhões. Será que algum dia, em breve ou não, alguma outra rede irá conseguir fazer tanto sucesso e ocupar esse lugar?
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Autora: Mariana D’Alberto